segunda-feira, 16 de abril de 2007

Uma carta para o homem que amo II




Te amo. Cada dia mais e mais. Sempre que te vejo, que escuto a sua voz, recebo o teu carinho me sinto mais feliz, humana, mulher. Nunca fui tão bem tratada. Me sinto uma rainha, uma princesa diante do que fazes a mim. Que sorriso lindo que você tem. Não me canso de olhar como fica lindo quando sorrir. Lembro de quando meus olhos viram pela primeira vez os seus olhos. Eles tinham um brilho diferente, calmo, tranqüilo. Vi amor neles, paixão, desejo, vida. Minhas mãos tremiam quando seguraram nas suas, minha voz quase não saia era tudo emoção. No carro quando encostei meu corpo no seu era o lugar que eu gostaria de está quente, seguro. E aquele beijo no terminal de ônibus? Você diz que foi roubado que eu roubei o beijo. Hehe. Quem beijou quem depois? Foi especial, maravilhoso, quente. E no hotel? Cada beijo, cada suspiro, cada instante, tudo que mais sonhamos. Lembra daquele dia que fomos comer pipoca na beira da piscina às três e meia da manhã e como companhia dois bichanos? Foram os únicos naquele momento a verem os nossos beijos, os nossos carinhos, a nossa risada. (Isso sem falar da escada, lembra? Tinha pipoca nela pela manhã eu vi). Aquele dia amanheceu chovendo. O friozinho pedia abraços, beijos e mais carinhos. E passamos mais um dia assim. Nos amando, nos desejando e vivendo mais e mais. Nos seus braços me sinto protegida, feliz. Minha vida é outra hoje. Amo e sou amada. Amo e sou feliz.




Obrigada Israel Goulart por fazer a parte da minha vida por me amar. Agradeço o teu amor, o teu carinho, o teu respeito a mim, a sua atenção. Te amar é a minha melhor qualidade. Te amo, te amo sempre. Te adoro, meu gatinho. Você é maravilhoso sabia? Beijos milhares, zilhares deles, sua Déa

quinta-feira, 5 de abril de 2007

CORPOS



Entrepostos,
Em um movimento frenético
Num incansante entrar e sair,
Em meio a beijos calientes
Dois amantes se encontram na areia da praia.



Beijos, sonhos, desejo,
Mãos que se tocam,
corpos que se respiram
Olhares brilhantes, balanços
Gemidos, sabores somados
Cheiros trocados
Unidos ao sabor do vento
Se lançam
Se unem
Somam-se
Nascem, morrem
No mesmo ritmo
No mesmo encanto
Ao mesmo sol.



A areia da praia rosna seus corpos nus
Que atenuado pelos arranhões,
Provocam valas em seus corpos.
Corpos percorridos por suas línguas trocadas,
Corpos arranhados e doloridos
Por fim adormecem,
Após um forte e compartilhado orgasmo.



Andréa Farias
Israel Goulart

terça-feira, 3 de abril de 2007

Terra de Ninguém...


Procuro cada vez mais e não encontro...
Rostos, máscaras...
Sonhos frustrados.
Na parede um lampião,
Uma foto amarelada.
O silêncio do vento...
Na mesinha do canto
Um relógio sem marcas do tempo...
Em um ponto da sala esquecido
Um olhar parado...
Tento em vão trazê-lo até mim.
Tudo concorre para o irreal.
Na estante esquecido Baudelaire
Único resquício de vida
A poeira cerca o lugar
A cadeira de balanço
Num movimento vagaroso,
Mas insistente.
Sombras na sacada
A lua entra pela fresta da janela
Janela suja, preta, imunda
Terra de senhor ninguém...


Andréa Farias