
Procuro cada vez mais e não encontro...
Rostos, máscaras...
Sonhos frustrados.
Na parede um lampião,
Uma foto amarelada.
O silêncio do vento...
Na mesinha do canto
Um relógio sem marcas do tempo...
Em um ponto da sala esquecido
Um olhar parado...
Tento em vão trazê-lo até mim.
Tudo concorre para o irreal.
Na estante esquecido Baudelaire
Único resquício de vida
A poeira cerca o lugar
A cadeira de balanço
Num movimento vagaroso,
Mas insistente.
Sombras na sacada
A lua entra pela fresta da janela
Janela suja, preta, imunda
Terra de senhor ninguém...
Andréa Farias
2 comentários:
Fui uma das primeiras pessoas a ver essa poesia... Achei linda! parabéns!
Adorei seu canto, Andréa.
Muito lindo.
Favoritei. Voltarei.
Obrigada pela visita ao Oncotô. Volte sempre.
Beijo
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