terça-feira, 3 de abril de 2007

Terra de Ninguém...


Procuro cada vez mais e não encontro...
Rostos, máscaras...
Sonhos frustrados.
Na parede um lampião,
Uma foto amarelada.
O silêncio do vento...
Na mesinha do canto
Um relógio sem marcas do tempo...
Em um ponto da sala esquecido
Um olhar parado...
Tento em vão trazê-lo até mim.
Tudo concorre para o irreal.
Na estante esquecido Baudelaire
Único resquício de vida
A poeira cerca o lugar
A cadeira de balanço
Num movimento vagaroso,
Mas insistente.
Sombras na sacada
A lua entra pela fresta da janela
Janela suja, preta, imunda
Terra de senhor ninguém...


Andréa Farias

2 comentários:

Aline Romariz disse...

Fui uma das primeiras pessoas a ver essa poesia... Achei linda! parabéns!

Anônimo disse...

Adorei seu canto, Andréa.
Muito lindo.
Favoritei. Voltarei.

Obrigada pela visita ao Oncotô. Volte sempre.

Beijo